quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Eppur si muove

Dizem que Galileu sussurou "eppur si muove" aos que se encontravam ao seu redor, depois de negar a sua teoria de que a Terra é que se movia em torno do Sol, perante o tribunal da inquisição em 1632, para se livrar da condenação à morte. Livrou-se dessa sentença mas foi condenado a prisão domiciliar pela heresia de contrariar a igreja que, na época, pregava que a Terra era o centro FIXO do Universo e que o Sol girava em torno dela.
Para os inquisitores, declarou que a sua teoria era totalmente errada e que a da igreja estava certa!
Eppur si muove, ou seja, "e, no entanto, ela se move", murmurado naquela situação, soa como uma declaração de inconformismo e rebeldia moderada para que os inquisitores não o ouvissem ou percebessem a sua atitude de não acatar passivamente o que a maioria do grupo pensava. Assim, demonstrava que aceitava as ordens das autoridades superiores com restrições veladas: "a Terra é o centro do Universo eppur si muove"!!!!!!
Essa conduta do Galileu nos lembra bastante a situação da criança arteira que obedece a ordem materna resmungando, ou seja, como se diz no ditado popular que bem explica a relação de tiranos ou ditadores com dominados: "o que você me pede rindo que eu não faça chorando!"

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sem neve!

Dados divulgados pelo IBGE e publicados pela imprensa de duas semanas atrás, apresenta fatos curiosos e que nos levam a refletir bastante.
O tempo médio de permanência da criança brasileira diante da TV e, depois de certa idade, do computador, é de aproximadamente 7h. Nesse aspecto, somos líderes mundiais, o que é muito triste.
Quando analisado por classes, nota-se que as crianças de classes mais elevadas ficam, em média, 4h perante a TV e as menos favorecidas, 9h.
A situação se agrava porque ainda não dispomos de Normas ou Leis que regulamentem as propagandas nos horários e programas mais assistidos por essa multidão de jovens.
Bombardeados por propagandas extremamente bem elaboradas e que convencem facilmente a pessoa a desejar o que anunciam, as crianças, ainda desprovidas de qualquer sensatez, incapazes de julgar ou de apreciar ou de fazer juízo entre o mais e o menos adequado e necessário, acabam sendo astutamente persuadidas para o consumo e, o que é pior, também estão sendo educadas para se tornarem consumidoras inconsequentes e desmedidas; compradores exacerbados e insaciáveis.
No fundo, o que a TV e o computador estão fazendo, nessa situação, é formar uma geração inteira de consumidores inconscientes, impetuosos e arrebatados, deixando totalmente de lado a concepção de cidadão consciente. A regra entre nossos jovens, submetidos a esse tipo de influência, passa a ser o TER NA VIDA, custe o que custar!
Já cheguei a conhecer garotos afirmando que sem o celular ou computador não viveriam, que eram, para eles, aparelhos imprescindíveis!!!! Um deles até chegou a afirmar que o primeiro ato ao se levantar de manhã era pegar o celular, antes mesmo de calçar os chinelos.
Semana passada, depois que tomei conhecimento dos dados do IBGE, fiz uma pequena e descompromissada pesquisa entre meus alunos do 1o e 2o colegiais, num total de 85 estudantes. "Levantem as mãos os que trocaram de celular a um mês ...; há dois meses ...; três meses ...; ...." . Resultado: dos 85, 73 responderam que haviam trocado de celular nos últimos 3 meses. O celular mais velho da sala de aula tinha 9 meses!
Outra pergunta: "Levantem as mãos os que ficam no Facebook mais de 1 hora por dia ...; de 2 horas ...; de 3horas ...; de 4 horas ...; .....". Resultado: 100% ficam até 3 horas; 68% até 4 horas; 30% por mais de 5 horas.
Conclusão: não é preciso muito trabalho para confirmar os resultados do IBGE, basta que cada professor faça essa pesquisa nas suas turmas! Só não perguntei sobre TV! Mas, cá entre nós, precisava?
Também observei que boa parte dos alunos durante os "recreios" ficam entretidos, cada um, com os seus celulares. Rodas de conversa entre eles está diminuindo. E quando existe, conversam, principalmente, sobre os recursos que o celular de cada um tem ou sobre as novidades do computador.
Por outro lado, quando observamos os países que têm regulamentação de propaganda em horários de TV preferidos pelas crianças, como a Dinamarca e a Suécia, países pioneiros na imposição dessas normas, notamos que suas crianças, em média, permanecem 1 hora por dia vendo TV.
Somente 28 países criaram essas normas e, entre eles estão os 10 mais desenvolvidos, cujas crianças e jovens não ultrapassam a média de 1h por dia diante de TV ou de computador, com um detalhe que os diferencia enormemente de nós: esses países têm período longos de permanência das crianças em casa, o que acontece nas épocas que a neve cai! São meses seguidos de neve!
Nós, nem neve temos!!!!!!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Forma (ou fórmula!) de medicina importada!

Sabemos que um médico formado fora do Brasil para poder exercer a sua profissão por aqui precisa passar por um exame, por determinação do Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Brasileira.
De modo geral, os que conseguem exercer a medicina no Brasil representam um número muito baixo, visto que poucos conseguem aprovação nos exames. Queixas sobre isso, não faltam! Os reprovados, como derrotados, criticam tudo e a todos.
Tive a oportunidade de ter um desses exames em mãos, destinado aos pretendentes à Pediatria. Lá, por exemplo, tinha uma questão na qual era dado um conjunto de sintomas e pedia para se indicar um procedimento com base nas informações fornecidas. Eu, como um simples biólogo, quando li a questão logo imaginei que o diagnóstico muito provavelmente seria de meningite. Qual não foi a minha surpresa ao saber que estava certo! Deixando isso de lado, o que realmente surpreendeu foi que nenhum dos que faziam a prova sequer se aproximaram do diagnóstico!!!!
Imagine esse candidato exercendo a Pediatria num Posto Clínico e, de repente, chega uma mãe com o filhinho no colo, passando muito mal e o médico fazendo diagnóstico errado!?
Como a meningite deixa sequela, devendo por isso ser tratada rapidamente, em emergência, um erro médico nesse caso só retarda o início do tratamento, o que pode, inclusive, levar o doente a óbito.
Nesse último exame, dos 677 inscritos, só passaram 65; em 2010, apenas 2 passaram, num total de 628 candidatos.
Dos aprovados, não chega a atingir 1% dos oriundos de Cuba. Os formados na Bolívia, Chile e Argentina são aprovados em percentuais bem superiores aos cubanos.
O pessoal do Conselho Federal de Medicina diz que os formados em Cuba só apredem trabalho de prevenção e praticamente nada de medicina curativa, numa linha de exercício de medicina incompatível com aquela que praticamos aqui no Brasil. No Brasil, o que menos se faz é prevenção.
Além disso, também fiquei sabendo de um formado em Cuba que a Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM) de Havana "aceita qualquer candidato desde que seja indicado por movimentos sociais, sindicatos e partidos simpatizantes do regime castrista". Considerando difícil de acreditar nisso, procurei me informar e fiquei sabendo que é isso mesmo! Portanto, o ingresso na faculdade cubana não é por mérito mas por afinidade ideológica. UM VESTIBULAR ESTRANHO A NÓS!
Só que os exames que aqui são submetidos os formados em Cuba não é de caráter IDEOLÓGICO, mas de conhecimento apenas. Resultado disso: quase 100% de reprovação.
Já que o sistema está carregado por ideologia, é inevitável fazer a pergunta: SERÁ QUE OS MÉDICOS CUBANOS TRATAM SEUS DOENTES FAZENDO-OS RECITAREM TRECHOS DE KARL MARX? OU REPETINDO DISCURSOS DE FIDEL CASTRO? OU DECORANDO JARGÕES CONTRA O CAPITALISMO? OU ACUSANDO OS EUA DE IMPERIALISMO?

sábado, 12 de novembro de 2011

Mãe é mãe!

Foi em 1966, dia 04 de abril. Consultei o calendário para ver que dia da semana era! Uma segunda-feira.
No intervalo da aula, na "cantina" da Biologia, na Cidade Universitária, USP, S. Paulo, vi um recado afixado no quadro de aviso. Estavam procurando por um professor de Ciências para dar aula em turmas noturnas de Madureza, no Curso Madureza Santa Inês, no bairro da Liberdade. Como era de praxe, arranquei o aviso e o guardei no bolso. As aulas terminaram as 18h e 30min (a faculdade era período integral), peguei um ônibus e fui até lá. Atendeu-me o coordenador. Mostrei a ele o aviso que havia removido do mural. Observou e, sem falar mais nada, deu-me um giz e mandou-me entrar numa sala que estava sem professor.
A única coisa que me lembro dessa aula foi que o giz derreteu na minha mão. Naquela época o giz não tinha revestimento plástico como hoje.
Nesse dia, cheguei bem além da hora que costumeiramente chegava em casa. Naquela época ninguém tinha telefone, pois era coisa de gente rica, portanto, por causa disso não foi possível avisar minha "mami". Ela me esperou acordada, preocupada com o meu atraso.
Contei a ela que tinha passado numa escola e que havia dado aulas. Mostrei minha mão branca de giz.
Ela se emocionou com o meu relato, beijou-me e assim se encerrou aquele dia.
Passado algum tempo, ao chegar em casa, encontrei sobre a mesa da cozinha um bolo de fubá com erva-doce, que ADORO. Perguntei a minha mãe sobre o motivo daquele bolo. Foi então que ela me disse que naquele dia estava fazendo um ano que havia dado a primeira aula. Era 4 de abril de 1967.
De lá para cá, todos anos, enquanto viveu, ela me cumprimentava nesse dia. Era motivo de muito orgulho para ela ter um filho professor.
Quando completei 25 anos de profissão ela me mandou uma cesta de café da manhã. Desde que ela faleceu lembro-me mais dela do qualquer outra coisa no dia 4 de abril.
Graças a ela o dia em que dei a primeira aula se tornou para mim inesquecível porque, para ela, ele o foi com certeza.
Uma oincidência: DIA 4 DE ABRIL É ANIVERSÁRIO DA MINHA CIDADE NATAL, Marília, S.P.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Democracia direta, JÁ!

Veja só como as coisas são!
A gente escolhe, por intermédio das eleições, os nossos políticos representantes na Câmara dos Deputados, Senado Federal, Assembléias Legislativas e Câmara de Vereadores. Na grande maioria das vezes as pessoas nem se lembram em quem votaram mas, costumeiramente, criticam os gastos excessivos que essa entidades nos dão, a baixa jornada de trabalho que praticam, a corrupção desenfreada que executam rotineiramente e as leis absurdas que aprovam (as tais leis que não "pegam").
Pois bem, poderíamos acabar com tudo isso simplesmente usando a internet.
Que tal acabar com essa corja de políticos e substituí-los pela votação pela internet? Cada um de nós acessaria um site na qual os projetos ficariam disponíveis; tomaríamos ciência dele e daríamos sugestão sobre o quê e como mudá-los (as famosas emendas) e depois votaríamos aprovando ou não! Assim, acabaríamos com essa história de representantes e cada cidadão decidiria, num verdadeiro plebiscito, democraticamente, o futuro do país.
Em vez de praticar democracia indireta, passaríamos exercer democracia direta.
Eu gosto dessa ideia!

sábado, 5 de novembro de 2011

O ensino de Ciências no Brasil (III)

Continuando a abordar sobre o ensino de Ciências no Brasil, exponho, nesse artigo, o terceiro tópico.
TERCEIRA PARTE
     Com o surgimento dos processos de avaliações externas como ENEM, PROVA BRASIL, SARESP etc. as escolas, numa tentativa de melhorarem as suas classificações, iniciaram programas preparatórios específicos para essas avaliações. Em vez desses programas incorporarem as inovações que cada uma delas exige, como desenvolver competência e habilidades exigidos no ENEM, recorreram, como sempre, ao tradicional método do Ratio Studiorium, incrementando mais aulas de conteúdo aos pobres coitados dos alunos. Perderam a grande chance de se inovarem, talvez por falta de competência e habilidade. Assim, aulas de aprofundamento, aulas de exercícios, aulas de resolução de questões do ENEM de anos anteriores são dadas. Parece que a aula virou a panacéia dos problemas de aprendizagem. Assim procedendo, a escola abandonou o seu papel educacional e assumiu a função de adestramento para resolver um determinado tipo de prova. Até faculdades de direito se preocupam mais em adestrar seus alunos para a prova da OAB do que torná-los bons advogados. Como se pode ensinar Ciências, como a disciplina exige, numa escola com esse tipo de foco? Impossível!
     Enquanto isso, nos países que lideram a qualidade de ensino, entre eles a Finlândia, não há avaliação nacional; as avaliações são internas e os resultados não são publicados e servem para melhorar a qualidade de ensino/aprendizagem e não para elaborar rankings e comparar escolas. Os rankings internacionais recebem pouca ou nenhuma atenção por parte de diretores e professores; suas atenções se centram na aprendizagem dos alunos e no êxito escolar de cada um deles.
     Somente nas duas últimas décadas é que se reconheceu a relação entre educação e crescimento econômico (ou desenvolvimento econômico). Hoje se compreende que a elevação do padrão de vida está diretamente relacionada com o papel da qualidade da educação.
     Países Africanos e Latinos Americanos, entre eles o Brasil, o aumento da qualidade de vida foi nulo ou negativo apesar do crescimento econômico. As pesquisas revelaram que o desempenho econômico se transforma em incremento na qualidade de vida quando acompanhado na melhoria da qualidade da educação e, que para isso, pouco contribui as taxas de matrículas, números de alunos frequentando escola e número de anos de estudo da população.
     O fraco crescimento econômico da América Latina em comparação com países do sudeste Asiático deve-se, seguramente, de que apesar dos progressos em indicadores de quantidade, a qualidade da educação dos países latino-americanos ainda é das mais baixas do mundo.
     Enfim, se os moradores de favela recebessem boa qualidade de ensino conquistariam uma carreira profissional e teriam os seus ganhos mensais bem elevados e, por iniciativa própria, construiriam as suas residências, mais dignas, e deixariam de depender do governo para receber um mísero apartamento na Cingapura, dispensando os favores de políticos.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O ensino de Ciências no Brasil (II)

Continuando a abordar sobre o ensino de Ciências no Brasil, apresento, nesse artigo, o segundo tópico.
SEGUNDA PARTE
Os resultados das as pesquisas pedagógicas realizadas até agora pelo mundo afora, sem exceção, confirmam e reconfirmam uma máxima sobre o ensino de Ciências e de Matemática, assim sintetizada por William Schmidt, Universidade de Michigan, EUA, pesquisador renomado sobre ensino e aprendizagem dessas disciplinas: OS RESULTADOS MOSTRAM QUE QUANTO MAIS TÓPICOS VOCÊ INCLUI NO CURRÍCULO, PIOR É A PERFOMANCE DO PAÍS [portanto dos alunos (observação minha)] NAS AVALIAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERNAS...
Partindo dessa comprovação, o que se pode dizer a respeito da organização curricular brasileira com as tais disciplinas ditas obrigatórias?
Constatamos que, à medida que os anos passaram mais disciplinas e assuntos foram incluídos no currículo do ensino básico e que, ao mesmo tempo, os resultados das avaliações despencaram, demostrando a piora cada vez mais acentuada da educação.
Dimuindo ainda mais a esperança de melhoras, tramita pelo Congresso Nacional a inclusão obrigatória de mais de 150 temas e disciplinas no Ensino Básico, como “Noções Básicas de Trânsito - uma maneira de formar futuros motoristas mais responsáveis -”, “Economia - ensinar os jovens a lidar com o dinheiro - “, “Saúde”, “Lei de Defesa do Consumidor - ensinar os jovens sobre seus direitos de consumidor -”,”EMC - educação moral e cívica, para incrementar a civilidade nos nossos jovens -”, “História dos Afrodescendentes”, “História dos Nossos Índios” e daí por diante. A partir de 2012 seremos obrigados, por imposição legal, a incluir Música no currículo do ensino básico.  Quer saber mais, acesse o site do nosso congresso e tome ciência dos projetos educacionais.
Enquanto Deputados, Senadores, representantes de ONGs , religiosos e Ministro da Educação procuram cada vez mais incluir novos temas e disciplinas, em detrimento das já existentes, os países com melhores índices educacionais concentram seus esforços em poucas disciplinas e cada uma delas com assuntos racionalmente selecionados. Em um livro didático de Biologia da Finlândia, notei que o número de títulos é menor do que ensinamos e cada um é tratado com mais profundidade e acompanhados de várias e diversas atividades. Portanto, a regra lá é: “ensina-se menos desde que os alunos aprendam bem”. Por aqui, “ensinamos mais e poucos ou quase nenhum consegue aprender o razoável”.
De modo geral, podemos dizer que só acrescentamos coisas para se ensinar e nada é retirado, o que implica em exigência de ampliação de tempo para aprendizagem. Essa foi a principal argumentação usada para aumentar de 180 para 200 dias letivos. A mesma justificativa já foi apresentada por Fernando Haddad, atual Ministro da Educação, para passar de 200 para 220 dias letivos.
A aprendizagem consome tempo e, por causa disso, os ensinamentos têm que ser dosados em graus crescentes de dificuldade e complexidade, sem saltos ou atalhos, e reforçados com atividades, PRATICADAS PELOS PRÓPRIOS ALUNOS, que acrescentem qualidade ao que é transmitido e deem significado e valor ao ensinado, repeitando a faxia etária dos educandos que estabelece os limites da aprendizagem. A experiência em nossas escolas tornam evidente que os planejamentos escolares consideram com carinho o TEMPO DE ENSINAMENTO [os professores estipulam números mínimos de aulas para que possam ensinar determinado assunto] sem levar em conta o TEMPO DE APRENDIZAGEM do aluno. O tempo é dosado pelo professor segundo suas necessidades, relevando-se em plano bastante inferior, ou nem considerando, o tempo necessário para o estudante aprender.

Por aqui, diga-se Brasil, ainda continuamos praticando as normas do Ratio Studiorum dos Jesuítas, criada em 1599, que tinha como ideia principal docete omnes gentes, ou seja, “ensinai, instrui e mostrai a toda gente a verdade”.
Com relação aos professores, consta numa das normas de Ratio Studiorum:Por onde começar o ensino”: Procure que os nosos irmãos comecem a ensinar em aulas que fiquem abaixo do nível científico para que assim, de ano para ano, se possam elevar com boa parte de seus alunos, a um grau superior

Com relação aos alunos, registra: Tranquilidade e silêncio: Nas aulas não vão de um para outro lado; mas fique cada um no seu lugar, modesto e silencioso, atento a si e aos seus trabalhos. Sem licença do Professor não saiam da aula. Não estraguem nem manchem os bancos, a cátedra, as cadeiras, as paredes, portas e janelas ou outros lugares, com desenhos, ou escrituras, com canivete ou de outra maneira.
A dinâmica da sala de aula ainda é a mesma de 1500, ou seja, as idéias, atitudes, práticas, valores do indivíduo ou do grupo são ultrapassados e não condizentes com a nossa época. Parece até que Ratio Studiorum foi escrita hoje!
Por fim, para agravar ainda mais o problema, as escolas decidiram transformar o terceiro colegial em terceirão, cuja essência é a revisão para os vestibulares. Assim procedendo, a matéria que deveria ser ensinada em 3 anos agora é em 2!!!! Já está consagrado na Pedagogia e Psicologia que ao se ensinar muita coisa em pouco tempo o rendimento da aprendizagem é comprometido.