segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PROER com apoio irrestrito

     Quando a crise econômica emergiu em 2008 - que perdura até os dias atuais na Europa e EUA - uma das primeiras providências tomadas pelos governos atingidos foi a de socorrer os bancos e grandes empresas, como a GM e Chrysler no EUA e vários bancos estadunidenses e europeus com a finalidade de abafar ou atenuar os efeitos danosos do rápido desajuste e desequilíbrio econômico.
     O que eles fizeram foi o que no Brasil se batizou de PROER*, um programa de socorro aos bancos pré-falimentares no governo FHC para se evitar uma crise econômica nacional.
     Os partidos de oposição, entre eles, é claro, o PT, protestaram veementemente contra o PROER e, até hoje, ainda o criticam severamente. Um dos líderes desses protestos foi Lula.
     Em todos os programas pré-eleitorais ele se manifestava contra o PROER e privatização.
     Pois bem, não é que em 2008, nos impactos iniciais da crise européia e norte-americana o Presidente Lula e seus ministros, acompanhados pelos "cumpanheiros" do PT e os aliados (PMDB, PR, PTB, PDT, PSB, PCdoB etc.) aprovaram publicamente tanto em manifestações nacionais como internacionais esse "PROER" internacional!
    Mais que isso, para justificarem o apoio irrestrito tentaram nos vender a ideia de que essas ações governamentais representavam a "volta do Estado" no controle de bancos e grandes empresas. Coisas do modelo comunista stalinista.
     Para quem era frontalmente contra o PROER, essa nova posição nos mostra uma ironia política, ou falta de seriedade quando opositores, ou metamorfose, ou ...


(*) PROER: Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional. Criado em 04/11/1995.

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